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Fonte do Amor

Nívea Moraes Marques


Com uma força menina irrompe o solo de areia aquela fontezinha, aquele olho d´água.


Num íntimo com Deus nasce o amor e sua fonte: são teus olhos, teus lábios, tuas mãos em todos seus indecisos gestos ou eloquentes gestos. A fonte do amor é imprecisa na precisão. Não saberia ao certo dizer-lhes a verdadeira localização, mas a verdade em outro lugar não há.


Pudera cantar-te cânticos, salmodiar esse nascimento que vem de fonte pura, potável, límpida.


Poder tomar e satisfazer todo o fundo que do amor necessita às tampas aos borbotões aos longos goles.


A fonte do amor é inesgotável, é infinita, é perfeita, sempre novamente comparável a esse líquido santo, água de fonte refrescante e bem em sua origem, na origem da fonte: Deus.


Deus é a gema da fonte, suas raízes, por onde não se esvai nenhuma gota sem que haja um percurso a se cumprir a se honrar...


Fonte do amor que são as águas de beber, potáveis águas, de chorar, salobras águas, de morrer e viver e ressuscitar, águas servidas e tratadas.


Fonte do amor que vem do subterrâneo, que sabem a subterfúgio e moram nos meus pés, no coração de meu pé esquerdo, no coração de meu pé direito. Banhados no pó do desconcerto, ganham a toalha da compreensão e o beijo do servir de Jesus Cristo.


Após caminhar por tanto tempo, é ao te avistar que sei que te mereço. E porque é assim, alimentando-nos da fonte, somos alimento da própria fonte do amor

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